Proclamamos independências mentais em domingos chuvosos, porque na nossa profissão o ofício não tem ossos.
Vivemos da criação de nós e do que é nosso, criamos para vós e para o que é vosso, numa única articulação.
Golpeadores de estado, expressamos o espírito, carregamos a arte e amamos o empírico.
Pintamos as fachadas, abrimos as entradas - tudo o que é porta, cada uma das janelas, trazem um bocadinho do mundo que dominámos em caravelas e eu pergunto: depois disso, o que é impossível?
Refutamos rotinas, saltamos ravinas, porque a vida se faz de vivências.
Procuramos questões, a única detentora das razões é a nossa inspiração.
Ignoramos a obediência, muitas vezes a decadência é a nossa escada para a produção.
Denunciamos a deficiência, só ela causa dependência da mais pobre nação.
Somos isolados porém, em todos os lados, agarramos uma mão.
Somos do mundo, não de ninguém, só Vieira foi de Arpad, o amor encaixou-os bem.
Somos independentes, somos artistas em prol de uma mente aberta sob chuva ou sobre o sol.
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