terça-feira, 12 de agosto de 2014

Manos

   Estava a olhar para fotografias vossas e a pensar o quanto preciso de vos dizer isto. Há tanto tempo que ando à procura da forma perfeita para o fazer, tantos textos que escrevi para vocês e são raros aqueles que leram.
   Penso em vocês e penso em infinidade. Podia ficar aqui um tempo eterno e nunca conseguiria dizer-vos a verdade. Porque infinidade é coisa que não se diz. Não consigo traduzir amor infinito em palavras, nem em gestos, nem em nada. Guardo-a para mim, porque por mais que tente mostrá-la, a infinidade volta a crescer cá dentro. Falo em infinidade e falo em vocês. O meu amor para sempre infinito.
   No outro dia perguntaram ao Filipe desde quando é que me conhecia. O mano disse que desde sempre, desde que tinha nascido. Que me viu pela primeira vez no dia em que cheguei da maternidade. Sabem, inevitavelmente sorri com orgulho. Porque eu sou uma pessoa tão mais feliz por vos ter, por vos conhecer, por me terem ensinado tantas das coisas que sei. Falo de vocês a toda a hora e cada vez que falo, sorrio. Porque tenho orgulho nas pessoas em que se tornaram, nas pessoas que fui vendo crescer, apesar de já vos ter conhecido (mais ou menos) crescidos. Tenho orgulho nos maridos e nos pais fantásticos que vocês são e, sobretudo, nos amigos que são uns para os outros. E passo os dias da minha vida a pensar que quero ter amigos como vocês, porque eu nunca vi igual. Neste momento estou, mais uma vez, a sorrir de orgulho.
   Não sei a que é que isto soa, mas estou a dar o meu melhor para vos explicar este amor. Eu olho para mim e vejo um bocado de vocês. Escrevo e escrevo sempre um bocado de vocês. Porque vocês são uma parte de mim, ao fazerem parte da minha vida e do meu amor.
   Olho para trás e sinto nostalgia, são tempos místicos para mim, uma espécie de sonho. E apesar de não os ter vivido muito, sinto saudades deles... Estavam tão perto de mim, vocês! Mas olho para o presente e fico feliz por saber que está tudo a correr bem, tão bem!
   Sempre pensei em vocês como a minha protecção contra o mundo, contra os males que possam magoar-me, sejam eles físicos ou psicológicos. Sinto-me sempre segura quando estou convosco, não tenho medo de nada: sei, sei mesmo, que se houvesse alguma coisa que pudessem fazer para evitar que ficasse magoada,  não hesitavam em fazê-la.
  Tenho tanta coisa para vos dizer, mas tudo o que escrevo aqui tem, na realidade, dimensões que não podem ser escritas. Talvez um dia percebam.
   Chegou a hora: adoro-vos. Incondicionalmente. Infinitamente. Eternamente. Gostava tanto que dizer isto chegasse para vos contar todo o amor que sinto por vocês, manos.
   Vocês, todos vocês, são os meus manos preferidos.

   A vossa mana mais querida,
   Daniela