sábado, 25 de abril de 2015

Viva a liberdade.

   Hoje festeja-se a liberdade.
   Festeja-se a vontade de muitos, festeja-se a coragem dos poucos que se fizeram suficientes e festeja-se uma vitória sem perdas.
   Hoje, mais do que em qualquer outro dia, é dia de nos orgulharmos de Portugal. É dia de pregar um cravo no peito, erguer o punho e cantar todas as canções que não nos deixaram cantar antes.
   Hoje é dia de descer a avenida homónima do estado de alma, é dia de tradições e amigos.
   Este dia é nosso. Somos todos capitães de abril se o quisermos ser.
   Se fosse Camões ou Pessoa, louvava a minha pátria até florescerem cravos nos olhos de cada português, até que de cada palavra fosse feita uma música de revolução.
   Não há revolta mais bonita do que a nossa.
   Fiz-me fruto de 25. Sou filha da liberdade. Sou neta de abril.
   Hoje festejo-vos.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Condições Adversas

Se o amor salva, tenho andado em perigo.
Se o amor cura, tenho andado doente.
Porque não há no mundo
Amor suficiente
Para substituir o teu.

Se o amor permanece, tenho andado ausente.
Se o amor mima, tenho andado carente.
Porque não há no mundo
Amor tão quente
Como o teu corpo sobre o meu.

Se o amor vence, tenho sido derrotada.
Se o amor atenta, tenho sido ignorada.
Se o amor ilumina, tenho andado apagada.
Porque não há no mundo
Igual chama ateada
Como no fogo que arde em beijo nosso.

Se o amor grita, tenho andado surda.
Se o amor amolece, tenho andado bruta.
Se o amor unifica, tenho andado puta.
Porque não há no mundo
Qualquer procura
Que te encontre no corpo de outro homem.