terça-feira, 30 de setembro de 2014

(tão complicado quanto) Amor.

   Para lá do amor era a expressão e há amores que não cabem num amo-te. E amo-te tão cegamente que posso jurar que vejo o amor que por ti sinto cada vez que sorris. E cada vez que sorris, procuro para lá do amor a expressão e não há amo-te no mundo onde caiba o amor que sinto por ti. Amor é um eufemismo. Quem inventou a palavra amor estava tão cegamente apaixonado que achou que cabia numa palavra o mundo inteiro de cada pessoa de todo o mundo. Enganou-se. Nesta palavra não cabe, pelo menos, o amor que sinto por ti.
   Trago-o todo comigo no meu corpo e angustiada caminho por pensar que só vive em mim tamanho amor. O que restará dele, se nada de mim restar?
   Carrego-te no peito onde quer que vá, estiveste sempre onde eu estive. Estiveste onde foste e foste onde eu estive. Mais do que isso, só futuro e sonho-te em cada canto onde estarei.
   E onde quer que fui, procurei uma maneira de expressar tanto amor e onde quer que estive, falhei. Há tanto amor que não cabe num amo-te! Mas para lá da expressão é o amor e todo ele cabe no meu peito.
   Amo-te.

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